De acordo com informações recentes do Banco Central (BC), há elementos na economia brasileira que apontam uma “atenuação da desaceleração econômica”, ou seja, menor freio na economia brasileira em relação aos meses anteriores. A observação está na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, realizada nos últimos dias. O resultado do encontro foi o corte da taxa básica de juros (Selic) de 11,75% para 11,25%. Foi o quinto corte seguido e, com isso, a taxa chegou ao menor nível em dois anos.
Esse movimento, segundo o BC, é motivado pelo aumento da renda das famílias a partir do reajuste do salário mínimo e da ampliação dos benefícios sociais, além de um mercado de trabalho mais resiliente.
Notou-se que um mercado de trabalho mais apertado, com reajustes salariais acima da meta de inflação, pode potencialmente retardar a convergência da inflação (para as metas preestabelecidas), impactando notadamente a inflação de serviços e de setores mais intensivos em mão de obra”, avaliou o Copom.
Por outro lado, segundo o Banco Central, há fatores em andamento que podem reduzir essa “pressão inflacionária” gerada pelo aumento da renda. O documento cita:
“Recomposição favorável de preços relativos” (variação menor entre os preços de bens similares);
“Dinâmica benigna de ‘commodities'” (produtos como alimentos, minérios e petróleo);
“Menor inflação de serviços”.
O Banco Central reafirmou ainda a indicação da expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões do Copom, marcadas para os meses seguintes. Os membros do comitê avaliaram que esse é o “ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
Fonte: G1/Economia
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