Em encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente argentino Alberto Fernández, em Buenos Aires, no fim de janeiro, Lula destacou a importância da relação bilateral entre o Brasil e Argentina, dizendo que o país é o terceiro maior destino das exportações brasileiras e o principal mercado dentro da América Latina. Por sua vez, o Brasil é o país de onde os argentinos mais compram.
Com isso, Brasil e Argentina exploram a possibilidade de desenvolver um mecanismo de intercâmbio comercial baseado em uma moeda comum. Lula disse que agora os ministros da Fazenda de ambos os países estão trabalhando cada um com a sua equipe econômica na elaboração de uma proposta de comércio exterior e de transações entre as duas nações, para que seja feito uma moeda comum a ser construída com muito debate e reuniões.
Como funcionaria a moeda comum?
O projeto de moeda comum funcionaria como uma câmara de compensação digital que reduziria a necessidade de dólares nas trocas comerciais entre Brasil e Argentina. O objetivo seria reduzir a dependência em relação à moeda norte-americana em transações internacionais. Segundo o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, essa ferramenta seria usada para facilitar as exportações entre os países da região em especial entre os brasileiros e os argentinos.
Porém, vale lembrar que é preciso entender que existe diferenças entre moeda comum e moeda única. Grande exemplo é o euro que é uma moeda física usada por todos os países que aderiram a essa moeda única. Já a moeda comum que os presidentes estão discutindo, entre Brasil e Argentina, seria inicialmente uma moeda digital usada no comércio bilateral entre os dois países.
Fonte: Jornal Contábil