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Falta de planejamento e má gestão financeira podem levar à falência

Abrir um empreendimento é o sonho de muitos brasileiros. De acordo com o Mapa das Empresas, disponibilizado e gerenciado pelo Ministério da Economia, quase 359 mil empreendimentos foram abertos em 2022. Mas, em alguns casos, as microempresas são fechadas em um curto espaço de tempo. Ainda segundo os dados do painel, 153 mil empresas foram extintas neste ano.

Por que isso acontece?

Por mais que a pandemia do coronavírus, que surgiu em 2020, tenha impulsionado o fechamento de muitos negócios, é um fato comum a cada ano que passa. No fim, não existe uma única resposta, mas, sim, uma série de erros que são cometidos pelos gestores normalmente antes da abertura do estabelecimento até o momento em que decretam a falência.

É importante destacar que muitas pessoas associam o ato da empresa decretar falência com a situação financeira grave, e por isso, deve fechar as portas. Essa visão não é totalmente equivocada, mas essa ação é um fato jurídico. Assim, acontece um processo de execução coletiva em que todo o patrimônio do empresário declarado falido é reunido e liquidado. Depois, os valores são levantados e utilizados para pagar os credores, obedecendo uma ordem rígida de pagamento.

As principais causas de chegar até esse ponto envolve longos atrasos em pagamentos das dívidas, acertos com funcionários e com os fornecedores. São conexões que vão se juntando em uma única corrente, tornando quase impossível manter a empresa e também fazer qualquer tipo de reestruturação.

Um levantamento divulgado pela revista Exame apontou que 14% das startups que foram à falência simplesmente ignoraram o que os clientes tinham para dizer. E, por mais que o empreendedor ache que está no caminho ideal, com boas ideias e desenvolvendo serviços, o ideal é sempre ouvir quais são os desejos dos consumidores, analisando profundamente os feedbacks.

Mas, para evitar que sua empresa tenha o mesmo final, é preciso ter um bom planejamento e realizar negociações eficientes para manter todas as finanças em dia. Em pequenas empresas, principalmente, às vezes, acontece da despesa familiar se misturar com os gastos profissionais. Nunca cometa esse erro, ou pare imediatamente. Essa situação pode gerar confusão na hora de fechar a conta em um determinado período.

Faça um controle rígido do que entra e do que sai. Registre tudo e reserve um valor para situações inesperadas. Fazendo isso, você irá se preparar para os momentos de crise, sendo possível evitar ou minimizar os impactos negativos.

E, assim como em várias outras áreas, a tecnologia se mostra como fundamental para ajudar nas gestões de microempresas, incluindo a parte financeira. São várias ferramentas disponíveis no mercado que permitem auxiliar o processo de visualização dos gastos e recebimentos, além de realizar projeções de fluxos e ajudar nas tomadas de decisões. Os especialistas citam o próprio Excel, em que é possível criar planilhas.

Se chegar em um ponto de dificuldade financeira, uma outra boa dica é passar um pente fino em todos os custos da empresa. Alguns não podem ser cortados, como aluguel, seguro, conta de luz, entre outros. Mas, certamente, em muitos pontos, é possível encontrar uma forma para economizar.

Fonte: Portal Folha BV

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