Com alta em novembro de 2023 de 0,4% na comparação com o mês anterior, depois de acumular perdas de 2,2% nos três meses anteriores, mesmo que um pouco abaixo do esperado (0,5%), o setor voltou a crescer, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recentemente.
Marcando uma desaceleração no segundo semestre do ano passado, o setor de serviços está 10,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 2,6% abaixo de dezembro de 2022, ponto mais alto da série histórica. Segundo o IBGE, em novembro último três das cinco atividades pesquisadas tiveram aumento no volume: outros serviços (3,6%), profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e serviços prestados às famílias (2,2%). O Banco Central já reduziu a taxa básica Selic a 11,75% ano, depois de quatro cortes seguidos de 0,5 ponto percentual. A autoridade monetária deve adotar novo movimento pela mesma magnitude quando voltar a se reunir no fim de janeiro.
De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, outros serviços foram impulsionados especialmente pelo aumento da receita das empresas de uso do dinheiro digital, como as de máquinas eletrônicas de cartões de crédito e débito. “Essa atividade não só impactou o resultado de outros serviços como também posicionou o setor de serviços como um todo no campo positivo”, diz o pesquisador.
Na outra ponta, as duas atividades de maior peso no setor de serviços ficaram no vermelho. O volume dos transportes recuou 1,0% em novembro, marcando a quarta taxa negativa. O transporte de passageiros em queda de 2,9% e o de cargas em alta de 0,6%. “Esse resultado foi influenciado especialmente pelo transporte aéreo, que caiu 16,1% em novembro, a retração mais intensa desde maio de 2022 (-18,6%)”, disse ele, citando aumento dos preços das passagens.
Já os serviços de informação e comunicação, que representam cerca de 23% do total do setor, tiveram queda de 0,1%. O índice de atividades turísticas, por sua vez, teve queda de 2,4% em novembro sobre o mês anterior. Isso marca o segundo mês consecutivo de perdas e acumulando nesse período retração de 3,4%. Com esse resultado, o turismo está 2,2% acima do patamar pré-pandemia e 5,0% abaixo do ponto mais alto da série, de fevereiro de 2014.
Fonte: Forbes
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